24.10.05

Handymen, candymen

Estão a ver aquela frasezinha irritante, eu ajudo bastante lá em casa? Quem ajuda, está a ser apenas um complemento para quem, efectivamente, dá conta do recado, o que enquadra o bastante numa escolha de palavras paradoxal.
Nesta época de indefinição, os homens deixaram até de fazer aqueles trabalhos ditos pesados, como mudar lâmpadas (tarefa, está-se mesmo a ver, muito mais pesada do que passar a ferro ou dar banho a uma criança de dois anos). Agora vão adiando até se indignarem quando nós lhes comunicamos en passant que vamos mandar vir cá um homem para arranjar a porta do frigorífico...
Sucedem-se ofensas e mais promessas, para depois esperarmos outras três semanas e chamarmos o tal do homem a quem pagamos - e bem! - para ser mais homem que o nosso.
O handy man (ele é tão raro que se usa mais assim, no singular), além de poder viver mais tranquilamente, sem recriminações e de ter menos barriga porque se mexe mais, tem uma mulher menos cansada, mais bem disposta e mais grata, quando se deita ao fim do dia. Presumo que estejam a ver as implicações, meninos.

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