3.3.06

quando eu for grande quero ser...

Eu tenho o trabalho com que sonhei desde pequenina. Envolve um monte muito grande de qualidades de folheto publicitário e sou, alem disso, a principal beneficiária da quantidade e qualidade do trabalho que faço (pelo que tenho uma certa liberdade de fazer o meu próprio horário).
Aqui chegada a este trabalho de sonho, dou por mim a suspirar de inveja quando vejo pessoas a ler um livro no café a fazer tempo até chegarem as 9 da manhã e a ir almoçar em grupo e ficar na conversa até passar a hora de almoço e a irem às compras ou para casa ou ao cinema ou ao que seja a partir das 17 da tarde, a hora em que acabam as preocupações. Claro que eu até posso ficar mais uns minutos na cama em dias de chuva ou ressaca intensa. Claro que até posso tratar faltar um dia ou outro sem ter de dar grandes explicações e claro que até posso passar ir ao cinema à sessão das 16h. Mas isso não acontece. O que acontece são dias de 10, 12 e até 16 horas de trabalho, e preocupações que não acabam nem quando fecho a porta do gabinete, são pilhas de roupa suja à espera de um dia que alguém decida fazer testes à corrente eléctrica e não se possa trabalhar. São comidas congeladas aquecidas no microondas e re-mastigadas enquanto faço outra coisa qualquer.
E é vontade de dar porrada no eu que eu já fui por ter metido este sonho na cabeça, e na vida por me ter dado as oportunidades certas de o realizar.

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