13.7.06

Destino falhado...













Estes dias de calor trazem-me duas certezas inabaláveis: primeira, eu nasci para viver num país onde é Verão o ano inteiro; segunda, eu nasci para fazer qualquer coisa que, além de profundamente criativa e que dê pilhas de dinheiro, não tenha horários e se possa fazer em qualquer lugar.
Nunca me sinto tão bem como quando estou ao sol. O inverno desperta-me um alter ego sorumbático qualquer, que só quer estar em casa, no quentinho, a ver filmes e a ler. O Inverno é como o badalar da meia-noite, que transforma a minha carruagem em abóbora e as minhas roupas em pijamas. Não gosto nada deste alter ego, que além de ser uma chata, fica muito menos gira (o bronzeado favorece-me).
Por outro lado, quando o sol brilha lá fora só me apetece estar estendida ao sol, mesmo ao pé da água (de preferência numa daquelas praias com palmeiras e mar azul turquesa), a maresia a misturar-se com o cheiro da loção tropical que um tipo qualquer podre de bom se entretém a espalhar minuciosamente pelo meu corpo. Tenho a certeza que nesse momento me sentiria particularmente criativa, o que seria, sem dúvida, óptimo para a minha carreira.
Na verdade, estou aqui no escritório, agarrada ao computador pelas próximas horas, não vivo num país onde seja Verão o ano inteiro, e de loção tropical e gajo podre de bom nem traço.
Ah, rater sa vie...

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