16.8.06

em trânsito

O sódio dos candeeiros calou-se, na rua em frente. Era já manhã feita, céu de leite com traços mal riscados, esborratados, azuis e cinza quente. Ouço os pássaros nas árvores, nos intervalos dos motores que passam. Os meus braços sobre o parapeito, castanhos, inesperados. Um monte de malas por arrumar e apenas saboreio o amanhecer, da janela. Vinda do sul, irei em breve à procura do norte. Dormi nos meus lençois, tranquila, depois de saber que as manhãs continuam a ser, em minha casa.

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